O canal televisivo TLC teve, no ano passado, um pico de audiências com um programa que retratava quadros clínicos e estéticos com necessidades de intervenção cirúrgica. Uma das situações que mais vezes foi abordada passava pelo caso de homens que sofriam de ginecomastia – um problema em que as mamas se tornam demasiado desenvolvidas para aquilo que é suposto no corpo masculino e que, segundo o Centro Brasileiro de Medicina Integrada, se revela em cerca de 65% dos jovens entre os 14 e os 17 anos.
A resposta ao problema de ginecomastia passa, muitas vezes, pela realização de uma mamoplastia – uma cirurgia que permite reduzir o tamanho da mama masculina.
Porque alguns homens sofrem de ginecomastia?
A ginecomastia caracteriza-se por um excesso de pele, de gordura e de glândula mamária no homem. Apesar de, na maior parte dos casos, se tratar de um problema sem causa conhecida, existem diversos fatores que podem motivar o desenvolvimento exagerado das mamas masculinas:
- fatores fisiológicos (relativos à diminuição dos níveis de testosterona, o que se pode verificar no período neonatal, na adolescência e na velhice,)
- fatores patológicos (associados a temas como a cirrose, tumores da supra-renal, hipertiroidismo, hipogonadismo e tumores testiculares)
- fatores farmacológicos (sabendo-se que o consumo de marijuana, de esteróides e de alguns medicamentos como espirinolactona, cimetidina e cetoconazol pode provocar este problema)
É ainda comum que, na adolescência, os rapazes desenvolvam os chamados “gomos” no peito, que tendem a desaparecer gradualmente, devido à estabilização das hormonas, não havendo necessidade de qualquer intervenção nestes casos.
Sabe-se ainda que a ginecomastia se carateriza por três graus:
- Grau I: em que existe um botão localizado de tecido glandular no redor da aréola e que é, normalmente, de fáceis remoção;
- Grau II: a ginecomastia é mais difusa e apresenta mais tecido adiposo;
- Grau III: verifica-se já grande excesso pele, sendo normalmente necessário realizar incisões ao redor da aréola, na pele, ou reposicionamento do complexo aréolo-mamilar.
Apesar de a ginecomastia não apresentar, normalmente, qualquer risco para a saúde dos homens, ela costuma provocar traumas psicológicos e emocionais, chegando a condicionar a realização de atividades sociais ou íntimas em que o corpo fique mais exposto. Quando se justifica, o tratamento pode passar pela realização de uma cirurgia de redução das mamas masculinas.
Como se realiza a mamoplastia?
Quando um homem apresenta mamas demasiado desenvolvidas, há, antes de mais, que diagnosticar se a ginecomastia está relacionada com excesso de gordura (realizando-se, nestes casos uma lipoescultura infrasonica nutacional) ou com efetivos problemas hormonais que promovem o desenvolvimento anormal da glândula mamária (para a qual se justifica a realização de uma mamoplastia). Em ambas as situações, a cirurgia é realizada com anestesia local com sedação, não havendo necessidade de internamento do paciente, que recebe alta poucas horas depois da intervenção.
Logo no dia seguinte à cirurgia, o homem pode retomar as suas rotinas diárias, ficando apenas condicionado quanto a exercício físico e outras atividades violentas, que só deverão ser realizadas 3 a 4 semanas depois da intervenção. De referir ainda que a recuperação não costuma ser dolorosa, podendo verificar-se apenas alguma sensibilidade e alteração provisória, que não durarão mais que apenas alguns dias ou semanas.
Qualquer uma das cirurgias, tratando-se de uma mamoplastia ou de uma lipoescultura infrasonica nutacional, deixa apenas pequenas cicatrizes que vão atenuando com o passar do tempo. Quando se verifica necessário retirar a gordura em excesso, fica apenas uma pequena cicatriz de 3 a 6 mm, e, quando é retirada a glândula mamária, a cicatriz fica dentro da aréola, tornando-se bastante discreta.
É importante perceber que a ginecomastia é, na grande maioria dos casos, uma situação benigna e tratável, não existindo qualquer relação entre este problema e o cancro de mama, que tantas vezes assusta os homens que sofrem deste hiper desenvolvimento mamário.
Para saber mais sobre como resolver este problema que se acredita afetar cerca de 70% dos homens ao atingir a terceira idade, consulte o seu dermatologista