Enquanto médico, não posso identificar qualquer prática que evite a 100% o aparecimento do Herpes labial.
Por um lado, porque o contágio pode ter ocorrido há vários anos e o vírus já estar presente no organismo.
Por outro lado, não há cura nem se prevê num futuro próximo.
O que posso e devo aconselhar é um conjunto de práticas que minimiza o aparecimento dos sintomas ou que, em alternativa, minimiza os efeitos incómodos e dolorosos subjacentes ao seu aparecimento.
Descubra quais.
O que fazer para evitar o Herpes Labial?
Aos meus pacientes recomendo que levem uma vida calma, com o mínimo de episódios stressantes recorrentes ou contínuos.
Recomendo também que evitem grandes flutuações de temperatura, em curtos períodos de tempo.
Quem já tenha tido episódios sintomáticos de herpes nos lábios, deve evitar a exposição prolongada ao Sol, aos raios UV em solários e proteger as zonas que são frequentemente afetadas.
E quando o Herpes Labial já apareceu, o que fazer?
O herpes Labial não é mais grave do que parece.
Trata-se apenas de um vírus que provoca lesões temporárias, designadas borbulhas ou bolhas, que rebentam e saram num curto espaço de tempo.
É certo que é um vírus incomodativo, mas não inibe as atividades do dia-a-dia ou prejudica severamente uma pessoa.
Não vale a pena preocupar-se excessivamente, nem sofrer psicologicamente de cada vez que o herpes decide dizer “Olá”.
Habitualmente, dura apenas alguns dias. Ao fim de uma semana, despareceu por completo e só volta a reaparecer entre 6 a 12 meses depois.
Sintomas e manifestação do vírus
Tudo começa com uma ligeira sensação de formigueiro ou ardor numa zona muito específica, por norma, no lábio.
Esta sensação pode prolongar-se durante 2 dias antes do aparecimento das lesões propriamente ditas.
A erupção do herpes labial é o que origina o aparecimento das lesões e manifesta-se da seguinte forma:
- Começam a surgir lesões na pele do nariz, dos olhos ou erupções nos lábios, na mucosa bucal e na gengiva;
- Formam-se pequenas bolhas que forma uma grande bolha com elevação da pele, originando uma área vermelha e geralmente dolorosa;
- As Bolhas têm no seu interior o fluído viral (altamente contagioso);
- Com o passar dos dias, dão lugar a crostas amarelas que após se soltarem revelam uma pele rosada que identifica o início do processo de cicatrização.
Felizmente, o padrão de comportamento do vírus não varia muito, o que nos ajuda a intervir precocemente para interromper a evolução do herpes.
Conheça a fórmula eficaz para combater o vírus
Aqui, o objetivo é ser o pior anfitrião possível.
Com a ajuda de antivirais, anti-inflamatórios e analgésicos é possível abortar a sua replicação e desenvolvimento. Rapidamente, desaparecem as borbulhas, bolhas ou comichões.
A medicação oral com anti-virais deve ser prática corrente.
A aplicação local de uma solução de sulfato de zinco a 2% ou de éter, reduz significativamente a expressão das lesões.
Acessoriamente, deve ser dado um suplemento de complexo de vitamina B para diminuir a eventualidade de dores pós-herpéticas nas áreas afectadas.
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