Quando a idade começa a avançar e o corpo começa a não dar as respostas a que sempre estivemos habituados, então começamos a precisar da ajuda dos que nos rodeiam. Hoje em dia, em que por vezes, a vida diária não permite que acompanhemos os nossos idosos da melhor forma, as Famílias vêm-se obrigadas a escolher uma local digno para que o idoso tenha o melhor bem-estar nesta nova fase. Esta fase, de escolher um local onde o idoso possa ser bem acompanhado e que tenha uma boa qualidade de vida é uma árdua tarefa, em que a escolha é sempre subjectiva e difícil, afinal é como se estivéssemos, a procurar uma nova casa para o nosso ente querido. Muitas são as opções, algumas delas muito boas, a que só os muito abonados financeiramente, conseguem chegar, outras que podem ficar ao alcance de algumas Famílias mais modestas, geralmente, o primeiro contacto acaba por ser na maioria dos casos simpático, só futuramente se consegue perceber se a escolha foi a adequada. Habitualmente, numa fase adiantada de velhice a alteração de hábitos pode ter graves consequências ao nível da atitude do idoso, pois, mesmo não existindo problemas mentais, é difícil explicar a um idoso a razão da mudança, até porque acaba por se perder o que de melhor temos na vida, a Liberdade. A mudança de local, as horas de refeições, o contacto com pessoas desconhecidas, a convivência num mesmo local com pessoas diferentes, entre outros detalhes, trás forçosamente distúrbios comportamentais ao idoso que devem ser devidamente acompanhados, tanto pelos Familiares como pelos responsáveis das casas de repouso. Actualmente, com a taxa de desemprego existente no nosso País, porque não criar forma de envolver estas pessoas e proporcionar nestas casas de repouso actividades para chamar à vida os idosos, ou seja utilizar a capacidade dos desempregados para fazerem um pouco de companhia a estas pessoas. Um jogo de cartas, uma hora de pintura, costura, um filme antigo, enfim existe um interminável leque de opções, que trariam à memória destas pessoas as suas vidas, ficando mais próximas das suas próprias vivências, aumentando a qualidade de vida bem como o seu bem-estar, tanto físico como psíquico. Temos consciência que existem voluntários que se dedicam a desenvolver este tipo de actividades no entanto, a sociedade poderia alargar esta actuação de forma a que os idosos pudessem ter nesta fase das suas vidas mais momentos de alegria e felicidade.