A nutrição é um dos temas que mais curiosidade tem suscitado, sendo habitual surgirem frequentemente novos dados e estudos que revelam conclusões surpreendentes. Exemplo disso é a investigação realizada pela Universidade de Granada, que conclui que, afinal, o consumo regular de chocolate não só não engorda, como pode ainda estar associado a um menor risco de transtornos cardiometabólicos. De facto, a nossa alimentação está implicitamente relacionada com a nossa saúde, pelo que a nutrição tem uma importância vital na nossa vida. No entanto, nem todas as pessoas sabem que a nutrição, sendo uma ciência que estuda a relação entre os alimentos ingeridos e a saúde, não deve ser apenas uma preocupação em momentos em que a doença ou o excesso de peso se fazem sentir.
Sendo um processo natural, a nutrição deve ser sujeita a programação?
A nutrição é, de facto, um processo natural para todos os seres vivos. Afinal, precisarmos de nos alimentar para garantir a nossa sobrevivência. No entanto, é importante saber o que e como comer. São já muito conhecidos os estudos que comprovam que uma alimentação à base de refeições rápidas ou processadas não oferece a mesma saúde e longevidade que outra realizada com base em alimentos saudáveis e equilibrados.
A nutrição é tão essencial e complexa que é alvo de estudo profundo em áreas tão diversas quanto a medicina, a enfermagem, a biomedicina, a farmácia, a biologia, a agronomia e até a zootecnia. Significa isto que a complexidade do tema é tanta, que nem sempre conseguimos, sem a ajuda de um profissional, determinar o melhor caminho alimentar para cada pessoa.
No entanto, não devemos adotar uma dieta nutricional apenas em momentos específicos da nossa vida, como quando se pretende perder peso. A nutrição, estando diretamente relacionada com a saúde do nosso corpo, deve ser uma preocupação em todas as fases da nossa vida, garantindo-nos, assim, uma saúde mais equilibrada e, em princípio, a manutenção de um peso que seja considerado adequado para cada caso.
A boa nutrição está então sempre dependente de uma dieta regular e equilibrada, em que se forneça às células do corpo a quantidade e a variedade adequada de nutrientes importantes para seu bom funcionamento. E isto nem sempre se consegue sem o acompanhamento de um profissional que ajude a programar a melhor dieta alimentar para cada pessoa.
Quando se deve consultar um nutricionista?
Apesar da necessidade de mantermos uma dieta nutricionalmente equilibrada, não é necessário ser fundamentalista: na maioria dos casos, apenas se justifica consultar um nutricionista quando alguma doença obriga a um plano alimentar personalizado ou quando se pretende ganhar ou perder peso. Nos restantes casos, o importante é que se perceba e se implemente os princípios de uma alimentação equilibrada (o que não implica, obviamente, que esporadicamente não se cometam as chamadas “facadas na dieta”).
Um nutricionista, sendo licenciado em Ciências da Nutrição e estando registado na Ordem dos Nutricionistas, é um profissional com todas as competências para avaliar e orientar quaisquer necessidades individuais no campo da nutrição. Assim, numa primeira fase serão sempre analisados a história clínica do paciente, os seus hábitos nutricionais e as suas características morfológicas. A partir deste diagnóstico prévio, será então possível identificar os eventuais desequilíbrios nutricionais e definir um plano alimentar personalizado, de acordo com as circunstâncias e as metas a alcançar.
Sabe-se que o cuidado com a nutrição, sobretudo quando existe acompanhamento profissional, permite:
- aprender a controlar o seu peso
- ganhar massa muscular
- diminuir a ansiedade
- reduzir as gorduras localizadas
- melhorar a qualidade da pele
- previnir doenças (como a diabetes, o cancro, as doenças cardiovasculares, o AVC e a obesidade)
- desacelerar o relógio biológico
- prevenir o envelhecimento precoce.
Como se pode perceber, um bom cuidado nutricional não só garante uma imagem estética mais apelativa e em linha com o pretendido, como ainda oferece uma vida mais saudável e jovem.