O site brasileiro R7 publicou recentemente fotografias de algumas figuras públicas, antes e depois de terem corrigido uma zona muito particular do seu corpo: as orelhas. Os conceituados atores Brad Pitt e Kate Hudson são alguns dos exemplos de personalidade que procuraram a otoplastia para corrigir as chamadas “orelhas de abano” – um procedimento que se encontra entre as cirurgias mais procuradas em todo o mundo.
Como surgem as orelhas de abano?
As orelhas são uma zona do corpo que, ainda que pareça discreta, é muito evidente e, em caso de malformação, podem originar situações de real desconforto e perda de autoestima. As orelhas de abano resultam de uma malformação congénita que causa um desenrolamento/descolamento das orelhas, surgindo indiferenciadamente em homens e mulheres e sendo detetadas logo desde a infância.
O ideal é que, percebendo o problema na criança, os pais procurem o mais rapidamente um médico para que possam confirmar o problema e perceber se a solução pode efetivamente passar pela realização de uma otoplastia.
Para o diagnóstico, o especialista analisa duas áreas da orelha: a concha (a parte funda da orelha), verificando se está muito elevada, e a anti-hélix (a parte mais saliente no meio da orelha), confirmando que não se encontra bem “desenhada”.
Obviamente que, para além das orelhas de abano, existem outros problemas que são tratados por esta especialidade médica – e que surgem normalmente por fatores genéticos, características familiares e raciais, para além de situações em que acidentes e traumas causam deformidades neste órgão.
Como funciona a otoplastia?
A otoplastia é uma cirurgia plástica realizada para mudar a aparência das orelhas do paciente, podendo ser estética ou reparadora. Normalmente, a otoplastia para correção das orelhas de abano realiza-se quando a criança atinge os seis anos de idade – altura em que o próprio acusa já algum desconforto com a situação e em que a orelha atinge praticamente o tamanho adulto, podendo ser operada sem comprometer o seu desenvolvimento futuro.
Realizada para aproximar a orelha da cabeça, corrigir a forma ou o seu “desenho”, a otoplastia é feita através de um corte interno na pele que se localiza por trás da orelha. A pele é descolada da cartilagem e fixada na nova posição com pontos internos, que não necessitam de remoção.
A otoplastia pode ser realizada com anestesia local ou geral, dependendo da complexidade da cirurgia, bem como das condições clínicas e psicológicas do paciente. Sendo habitualmente realizada em caráter ambulatório, o paciente recebe alta hospitalar algumas horas após a recuperação da anestesia, ficando com um curativo durante um ou dois dias.
Depois da cirurgia, o paciente pode retomar imediatamente as suas tarefas sociais e laborais, sendo normal que se verifique um edema, que vai gradualmente diminuindo. O pós-operatório, que tanto preocupa algumas pessoas, não é normalmente doloroso, podendo apenas surgir alguma sensibilidade que se consegue facilmente controlar com medicação.
Apesar de os pontos externos serem retirados cerca de duas semanas após a realização da otoplastia, o resultado final da intervenção apenas é visível três meses depois do tratamento.
Apesar de o pós-operatório ser bastante simples, é apenas importante garantir que, durante a recuperação, o paciente evite o sol direto nas orelhas, por duas a quatro semanas, e que, durante um mês, não pratique atividades físicas que apresentem riscos de trauma para as orelhas.
Existem algumas situações, ainda que raras, em que é necessário repetir a intervenção, para um aperfeiçoamento do tratamento, o que normalmente sucede três a seis meses depois da realização da primeira otoplastia.
Ao corrigir as orelhas de abano, a otoplastia oferece aos pacientes uma qualidade de vida totalmente distinta, sem problemas de autoestima e permitindo detalhes tão simples quanto usar o cabelo curto ou fazer rabos-de-cavalo sem qualquer constrangimento em mostrar as orelhas.