Surgindo com mais frequência no couro cabeludo, nos joelhos e nos cotovelos, a psoríase caracteriza-se por ser uma doença comum na pele, manifestando-se, através de umas lesões de cor vermelha e descamativas, normalmente em placas. Apesar de ser uma patologia crónica, a psoríase não é contagiosa. É especialmente incidente entre os 30 e os 50 anos. Contudo, em 15% dos quadros, a psoríase pode aparecer ainda no decorrer da infância.
Sabia que existem vários tipos de psoríase?
Doença genética e autoimune, a psoríase é alvo de preconceito – influenciando as relações sociais, laborais e até familiares – e atinge 250 mil pessoas em Portugal. De resto, esta patologia acaba por evoluir por surtos. Sendo assim, tanto há períodos de exacerbação, isto é, que coincidem com aquelas fases em que existe um maior stress ou a ingestão de algum tipo de medicação, como períodos em que predomina uma maior acalmia.
Há vários géneros de psoríase. Por um lado, pode-se destacar o tipo vulgar. Como se consegue intuir pelo nome, a psoríase vulgar é a mais comum, contando com lesões de diversos tamanhos, que ainda se distinguem por serem avermelhadas e delimitadas. Há escamas prateadas, secas e aderentes nos cotovelos, nos joelhos e no couro cabeludo. Quanto à psoríase invertida, esta doença contém lesões que são mais húmidas e que se situam em zonas de dobras, como as axilas e a virilha.
Existe igualmente a psoríase gutata, isto é, umas pequenas lesões associadas a infecções e que, geralmente, localizam-se nos braços, no tronco e nas coxas, para além de se situarem em áreas bastante próximas dos quadris e dos ombros. Este tipo de psoríase manifesta-se principalmente em crianças e em adultos jovens. Psoríase postulosa (lesões com pus), palmo-plantar (lesões com fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés) e eritrodérmica (menos comum, com lesões em 75% ou mais do corpo) são apenas outros exemplos.
Quais os melhores tratamentos para a psoríase?
Apesar das diferenças, a psoríase tem sempre uma origem desconhecida. No entanto, existe uma forte interacção entre as alterações imunitárias, a hereditariedade e ainda os factores ambientais.
O diagnóstico é clínico, com escalas através das quais se mede a gravidade da psoríase. Há ainda uma avaliação do impacto físico e emocional para que se consiga definir finalmente o melhor tratamento. Em alguns quadros, também pode ser exigido um estudo das articulações e do metabolismo dos pacientes.
Normalmente, o tratamento é tópico, com a aplicação directa de medicamentos quer na pele, quer no couro cabeludo. A destacar igualmente os medicamentos de administração oral. Certos casos exigem a fototerapia, ou seja, um método que expõe de forma cuidadosa a pele à luz ultravioleta.
Em caso de dúvida, consulte um dermatologista para esclarecer todas as questões sobre psoríase