O que é o herpes labial?
O herpes labial é um vírus designado por HSV (também designado por herpes simples ou herpes simplex). Existe dois tipos de vírus:
· HSV1 – é geralmente responsável pelos casos de lesões na pele e herpes labial;
· HSV2 – está geralmente relacionado com o herpes genital.
No entanto, ambos os vírus podem afectar as regiões características do outro ou mesmo outras zonas do corpo como olhos, nádegas, pés, mãos e mesmo o cérebro.
O vírus HSV é facilmente transmissível. Segundo o Dr. Miguel Trincheiras especialista nesta área, a transmissão do vírus HSV “dá-se de forma directa, através do contacto com a pele infectada ou através do contacto com superfícies onde o vírus esteja depositado, como por exemplo em copos, talheres, sanita.”
Visto que o vírus do herpes labial permanece latente nas células nervosas após o primeiro surto, é muito comum surgirem recorrências. Muitas pessoas têm surtos ao longo de toda a vida. A recorrência do aparecimento do herpes labial dá-se muitas vezes quando o sistema imunitário se encontra debilitado por febres ou constipações.
Os surtos podem ainda ser desencadeados por fadiga, stress, exposição ao sol, ventos e agua salgada. As mulheres por sua vez correm um risco ainda maior porque o vírus pode tornar-se mais facilmente activo nas fases de menstruação e/ou pré-menstruação.
Como se manifesta o herpes labial?
O herpes labial manifesta-se pelo aparecimento de vermelhão, sensação de comichão e picadas nos lábios. Passado um ou dois dias aparecem as úlceras formadas por pequenas bolhas cheias de líquido. Estas bolhas acabam por rebentar formando uma crosta. Passados 10 a 15 dias o herpes desaparece (ou seja, torna-se inactivo). Pelas razões já atrás referidas, com maior ou menor frequência o vírus volta a activar-se.
Implicações graves do herpes labial
O vírus HSV que aparece mais frequentemente nos lábios pode se activar em qualquer parte do corpo. Segundo testemunho do Dr. Miguel Trincheira, pode existir uma correlação directa entre o Herpes Labial e Alzheimer “o herpes labial é um vírus neurotrópico. É um vírus que pode atacar o cérebro, provocando por exemplo encefalites, isto é, inflamações do cérebro”.
Eu deixo-vos aqui o testemunho de uma amiga que à cerca de dois anos atrás devido a dos seus surtos de herpes labial acabou por transmitir o vírus a um dos seus olhos. O herpes ocular pode-se manifestar na pálpebra, córnea, íris ou retina.
No caso que vos testemunho, o herpes ocular tem-se manifestado na córnea com bastante frequência. O herpes ocular na córnea provoca uma importante diminuição da visão, cicatrizes e o desconforto habitual do herpes como picadelas e comichão.
O que fazer para combater o herpes labial?
Uma vez invadido o organismo pelo vírus do herpes labial, as bolhas dolorosas nos lábios reaparecem sempre que o sistema imunitário enfraquece. Mas a acção do vírus pode ser inibida por tratamento. A terapia supressiva que consiste na toma de um antiviral (aciclovir ou valaciclovir) de forma continuada tem o poder de inibir o vírus e o manter adormecido. No caso que do herpes ocular que vos testemunhei os resultados tem sido bastante positivos.
Conforme já vimos, as implicações da activação deste vírus pode ser gravíssimo, portanto não se descuide.