Sendo o aumento benigno das mamas nos homens, a ginecomastia encontra-se associada a duas causas: à acumulação de gordura nas mamas, um efeito do aumento no número de quilos (a que também se pode dar o nome de pseudoginecomastia ou de lipomastia), e ao aumento da glândula mamária – a ginecomastia propriamente dita. Nesta última causa, há uma relação com um desequilíbrio hormonal, que tem origem em medicação (como a espironolactona, que é bastante utilizada para o tratamento da hipertensão arterial) e em problemas com a tiróide e o fígado.
Ginecomastia: saiba por que o diagnóstico é tão importante
Os números podem ser assustadores para o género masculino: afinal de contas, a ginecomastia aparece na fase da adolescência e na vida adulta e incide em 32% dos homens. De resto, cerca de 65% dos rapazes adolescentes é afectado. O caso é bilateral (isto é, atinge ambas as mamas) em 75% dos homens que sofrem de ginecosmatia. Felizmente, e ao contrário do que alguns mitos podem afirmar, o desenvolvimento da mama masculina não se encontra associado a maior um risco de ter cancro nesta região.
A intervenção cirúrgica é uma das melhores soluções para o tratamento da ginecomastia. No entanto, o procedimento somente pode ser realizado em pacientes que tenham pelo menos 18 anos. É a idade ideal para ter a certeza de que a mama não irá crescer mais. Eis outro conselho precioso: consultar o endrocrinologista, antes de se optar pela cirurgia: é que é igualmente necessário tratar das causas do aumento das mamas masculinas.
A acrescentar que a fase do diagnóstico tem uma extrema relevância, tal como acontece em qualquer outra doença. No caso da ginecomastia, há uma série de critérios a ter em conta: desde o grau de ptose (ou seja, se a mama está descaída ou não) à qualidade da pele, sem esquecer a dimensão dos mamilos, as assimetrias e a presença ou não de massas, entre tantos outros aspectos.
As consequências psicológicas da ginecomastia
Após a avaliação de cada um destes factores, e perante a confirmação de um quadro de ginecomastia, o caso do paciente pode ser classificado em quatro níveis: do mais leve (em que se apresenta uma hipertrofia mínima, sem a ptose) ao mais grave (em que há um volume maior do que 500 gramas e ainda com uma ptose acentuada).
Durando, normalmente, uma hora, a ginecomastia exige certos cuidados pré-operatórios: fazer jejum durante oito horas e não tomar medicamentos que interfiram no processo de coagulação são apenas alguns dos exemplos.
O procedimento – que pode requerer a remoção total da glândula mamária, sob efeito de anestesia local e deixando sempre cicatriz – é realmente importante, visto que, na verdade, as consequências da ginecomastia prolongam-se para além do evidente aumento da mama masculina. Sendo assim, os homens com esta patologia têm alguns transtornos psicológicos, como embaraço, o que acaba por estar na origem de algumas limitações na prática de desporto e até noutras actividades sociais. É o caso de recorrer a um vestuário mais justo e ir à praia.
Na fase pós-operatória, o paciente pode receber alta, seis horas após o final da intervenção. Porém, só 15 dias depois é que será possível regressar à movimentação normal. Neste período, é desaconselhável fumar, porque o cigarro prejudica a cicatrização dos tecidos que foram operados.
Em caso de dúvida, entre em contacto com um especialista para saber tudo sobre ginecomastia