Ao ler os rótulos dos alimentos que consumimos, muitas das vezes não prestamos atenção a certos constituintes, como é o caso da Vitamina E, complemento indispensável a uma alimentação saudável. Inevitavelmente, prestamos mais atenção às proteínas, aos hidratos de carbono, aos açúcares e aos lípidos, por serem aqueles que se encontram em maior quantidade.
No entanto, até que ponto não nos deveremos esquecer de também ter o cuidado de ler quais as vitaminas presentes nos alimentos? Afinal, por muito irrisórias que pareçam as suas quantidades (muitas vezes, inferiores a 1g), o seu efeito é multidireccional no nosso corpo, serve imensas funções vitais e contribui para o nosso bem-estar.
No que toca à vitamina E, os alimentos através dos quais a podemos obter são os vegetais de folhas verdes, as nozes, amendoins, avelãs, sementes e óleos vegetais (como o de girassol e o de amêndoa). Não parece nada difícil compensar a nossa carência nutritiva, graças a uma data de pratos saudáveis mas super saudáveis – pois não?
Cientificamente… de que se trata a vitamina E?
A vitamina E tem uma estrutura complexa – contém 8 substâncias (os toceferóis) na sua composição! A sua descoberta remonta a 1922, a uma experiência levada a cabo por dois cientistas norte-americanos, na qual se descobriu que nem os ratos conseguiam procriar plenamente, nem as fêmeas de rato poderiam levar até ao fim as suas gestações, quando privados desta vitamina. Aliás, o seu primeiro nome foi “vitamina anti-esterilidade”. Assim se comprovou, desde o início, que a vitamina E preserva a formação dos gâmetas sexuais.
Contudo, hoje em dia já se sabe que a vitamina E consiste em muito mais do que isso. Em parte, é graças a ela que conseguimos prevenir uma série de doenças indesejáveis: diversos tipos de cancro, Parkinson, cataratas, arteriosclerose ou “simples” inflamações nas articulações e diabetes.
Recentemente, outros estudos científicos já começam a explorar a hipótese de a deficiência desta vitamina no organismo gerar a diminuição dos reflexos motores e da sensibilidade, assim como problemas na visão.
Algum dia conseguiríamos viver sem a vitamina E?
Não conseguiríamos e não seríamos, definitivamente, os mesmos sem ela!
Quais as doses diárias recomendadas?
Para quem vive obcecado com a leitura e interpretação de rótulos, esta informação é de grande valor: a dose diária recomendada de vitamina E que se deve ingerir varia consoante a nossa idade e a condição física em que nos encontramos!
Dito isto, são as lactantes (ou mães que se encontram a amamentar) que devem ingerir a maior quantidade desta vitamina, isto é, 19mg por dia. Já um adulto deve consumir em média 15 gramas (mesmo mulheres em tempo de gestação) e os bebés são os que podem ingerir menos – apenas 4 ou 5 gramas no primeiro ano da sua vida.
E hoje, já tomou a sua dose diária de verduras, sementes ou óleos vegetais?